sábado, 8 de fevereiro de 2014

Ah, a sof(t)isticação dos textos simples...

sábado, 7 de dezembro de 2013

Muito da consciência do corpo só vem com a idade.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Afago ou afasia?

domingo, 27 de outubro de 2013

Acho que às vezes observo as pessoas e vejo mais do que devia. Ou mais do que elas gostariam.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Pequena descoberta do dia: o verbo "olcluir".
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O mal está em não ver mal algum.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Pavor, medo, pânico, choque... Não sei definir o que sinto ao ver uma barata. Só ela e eu, eu e ela, sem qualquer outra intercessão. Congelo, logo não penso.

domingo, 23 de junho de 2013

7 portas, um mundo

Um sábado desses fui a 7 portas, local de Salvador, conhecido por seu comércio popular (ou a preços populares, ou onde o povão encontra de tudo um pouco). Alguns já diziam que aquele lugar, caótico, amontoado, cheio de coisas e de gente,  seria as "7 portas para o inferno". Confesso que tinha curiosidade de conhecer essas "portas"e que "inferno" é esse que elas abririam.

Entre 10h e 11h da manhã, começamos a andar por ali em busca de coisas específicas: latas de tinta, gesso, lixa e outros materiais de pintura. Estava mais como uma companhia curiosa que, de quebra, olharia como funciona o comércio lá. Definitivamente, há coisas que só experimentando vira sentido, conhecimento e afeto. A pluralidade de comerciantes (da fruta aos plásticos, das gaiolas aos caranguejos), sem o imperativo da hierarquia, levantou sensações boas, de pertencimento. Um pra-lá-e-pra-cá de pessoas, chão sujo, alguns prédios e traços arquitetônicos decadentes, para citar alguns traços, contribuíram para perceber certas animações sociais dadas àquele lugar.

Outro dia voltei lá, com outros propósitos, para encontrar outras coisas que só lá se encontram mais baratas. Lá tem uma Salvador menos maquiada, coisa que gosto de ver. Cresci indo pro centro da minha cidade e devem restar inconscientes alguns cheiros e sentimentos daquela experiência frenética de um comércio vivo. Ainda não sei a real origem do nome 7 portas e não existem 7 portas especificamente lá que o simbolize. Vou tentar pesquisar. O que marcou, contudo, na bagunça boa do lugar, é que nem todo inferno é tão malicioso assim. É povão, é visceral e menos tenso do que muitos lugares por onde andei aqui.

Aos observadores ou exploradores de plantão, vale conhecer. Compra lá um pastel com caldo de cana e deixa as portas se abrirem.